terça-feira, 14 de setembro de 2010

filosofos importantes

Cinthia Michelly Bicas Ribeiro Vicente

Maria da Penha Cristo Schiavo

Renata Ott

Valéria Cristina Sartti Roncette

A Educação tida como emancipação intelectual.

Em 1818, o professor de Literatura francesa, Joseph Jacotot, percebe que a evidência cega de todo o sistema de ensino a necessidade de explicações, não é exatamente necessária. Ao contrário a palavra do mestre emudece a matéria ensinada.

Jacotot descobre, por acaso, um método que ele classifica como sendo de emancipação intelectual. De acordo com a proposição, o aluno se emancipa a partir do momento em que pode aprender, sem mestre, apenas pela tensão de seu próprio desejo. Na proposta da emancipação intelectual, o mestre encaminha o aluno para utilizar sua própria inteligência.

Jacocot descobriu que este método deixa o aluno em um lugar de igualdade diante do mestre, pois, desse modo, o aluno pode aprender sem mestre, tão somente, pela tensão de seu próprio desejo. Sua proposição é a de um mestre emancipador, que percebe que, para aprender, basta haver a vontade do aluno, em um ato de inteligência, que só obedece a si mesmo.

Levando em conta a oposição pedagógica entre ciência e ignorância, o mestre emancipador só pode ser um mestre ignorante, já que, desse modo, o aluno não pode ocupar o lugar do ignorante. Ao ensinar aquilo que ignora, o mestre encaminha o aluno para utilizar sua própria inteligência. A emancipação se dá quando cada um toma ciência de sua capacidade intelectual e decide utilizá-la.

Assim, Jacotot passou a acreditar que seria preciso mudar seu tradicional método de ensinar. Através da explicação, o mestre transmite seus conhecimentos e verifica se o aluno entendeu o que, para Jacotot, passa a ser o princípio do embrutecimento. E, em contradição a esse princípio, “surge” o princípio da Emancipação.
No método emancipador pode-se ensinar qualquer coisa, mesmo sendo ignorante no assunto. Mas, para isso, é necessário emancipar o aluno, ou seja, fazer com que o aluno aprenda sozinho, usando apenas sua própria inteligência. E este seria o Ensino Universal. Conseqüentemente, pode-se também aprender qualquer coisa. Já no método embrutecedor, o da explicação, o mestre mantém-se distante do aprendiz, pois transmite um conhecimento em partes.

Por fim, deveríamos entender que todos têm inteligências iguais apesar de vivermos em uma sociedade tão desigual. E é isto que Jacques Rancière julga simples, mas difícil de compreender. E de colocar em prática. Contrapondo-se a este método, Jacotot sugere que o aprendizado seja pautado não pela diferença, mas pela semelhança, não na idéia da relação entre duas inteligências, mas de uma inteligência cujo motor é a vontade. Assume-se assim a posição de igualdade de inteligências, ou seja, da capacidade de aprendizado, mas não do conhecimento.

O método praticado por Jacotot orbita em torno das seguintes questões: O que vês? O que pensas disso? O que fazes com isso? Devemos frisar que não implica no abandono da relação mestre-aluno e nem no seu enfraquecimento. Mas numa reformulação desta relação que visa principalmente à emancipação do aluno, sendo, portanto e antes de tudo, um exercício de libertação. O papel do mestre ignorante é oferecer as ferramentas iniciais para o aprendizado e verificar se o aluno esta buscando, o que tem descoberto como está aplicando sua atenção, enfim, se sua vontade está desperta e ativada. Isto se aplica a qualquer área de conhecimento enquanto movimento de investigação, ou da aprendizagem como ação de busca pelo aprendizado.

Desta forma, pode-se pensar o ensino EAD, que surge como uma possibilidade de repensar os processos educativos em modelos tradicionais oferecidos pelas escolas. Como forma de mudança abre assim, novos horizontes a postura EAD inovando seu método de ensino e levando o aluno a buscar seu próprio conhecimento criando novos ambientes de aprendizagem, ou seja, fazendo-o pensar. O aluno emancipador pensa.

Cabe a nós refletirmos sobre as implicações destas idéias no que se refere ao “campo de força” da mais experiente frente “à realidade do aprendiz”.
“O processo de emancipação intelectual… é o caminho do exercício de autodeterminação no pensar, da autonomia do sujeito intelectual, uma via sempre pessoal que percorre um relevo escarpado.… Ninguém se emancipa de uma vez para sempre. Trata-se de um movimento sem fim – tanto para professores quanto para alunos.

A educação na concepção de Sócrates

Sócrates foi um filosofo grego, cujos ensinamentos formaram a base da filosofia ocidental. Considerado um dos maiores gênios de todos os tempos, buscava esclarecer as pessoas que era necessário primeiramente conhecer a si próprio antes de buscar conhecimentos sobre a natureza e os outros, ele dizia: “ Conhece-te a ti mesmo”. Questionava as pessoas sobre suas idéias, valores e tudo aquilo que conheciam. Também é dele a expressão: Sei que nada sei”. Considerado um dos maiores gênios de todos os tempos, se tornou famoso por ver a filosofia como sendo necessária para todas as pessoas inteligentes.

Nascido em Atenas em 470 a.C, tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga e em seu método de ensino-aprendizagem Sócrates adotava sempre o diálogo iniciando sempre através de uma conversação, fazendo perguntas e obtendo dessa forma opiniões do interlocutor, que ele aparentemente aceitava. Depois por meio de um interrogatório hábil, desenvolvia as opiniões originais da pessoa, mostrando também a tolice e os absurdos de opiniões muitas vezes superficiais para que a própria pessoa reconhecesse o seu erro ou mesmo a sua incapacidade para alcançar uma conclusão satisfatória. Entretanto, não parava por aí, continuava a sua argumentação, que partindo da opinião primitiva do interlocutor desenvolvia a verdade completa, o que denominou de Maiêutica, isto é, a arte de fazer nascer idéias. Assim procedia nas suas investidas visando propagar e expor o conhecimento filosófico.

Sócrates encontrava-se frequentemente em face, a terríveis profissionais do saber e da eloqüência que nunca se sentiam apanhados desprevenidos, eram mestres que tinham respostas para tudo. Sócrates ao contrário, era o homem das interrogações, aquele que se recusava a ter por certo o que não era, ou estiar como problemática aquilo que era perfeitamente certo. Não tendo conseguido formular uma filosofia de maneira sistemática, o processo principal de Sócrates, consistia em interrogar, ajudar cada um a tomar consciência dos seus próprios pensamentos, despertando em cada indivíduo a consciência do universal.

Os ensinamentos de Sócrates tinham dois propósitos: o de mostrar que o conhecimento era a base de toda ação virtuosa e indicar que o conhecimento pode ser desenvolvido pelo próprio indivíduo. Segundo ele, nada ele ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias, limpas de falsos valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro de acordo com a consciência. Até mesmo na atividade de aprender uma disciplina qualquer, o professor nada mais pode fazer que orientar e esclarecer dúvidas. O processo de aprender é um processo interno, e tanto mais eficaz quanto maior for o interesse de aprender.

Tudo que buscava resumia-se na palavra essência. A essência real e verdadeira que não pode é perceptível. Tal busca incessante pelo conceito das coisas existentes fez com os filósofos e os demais poderosos de Atenas se sentissem ameaçados por ele. Dessa forma condenaram Sócrates a morte por induzir e corromper os jovens . Esse que poderia facilmente se libertar da morte, aceitou-a tomando um copo de cicuta morrendo em prol da sua filosofia.

Ao realizar os estudos através do módulo, pesquisas e discussão no encontro presencial foi possível relacionar de forma muito próxima os ensinamentos de Sócrates com a EAD, Visto que como um modelo novo de ensino tem por objetivo estimular o aprendizado de forma instigadora de auto-saber e a partir daí a construção do conhecimento. Sócrates defendia a posição de que instigando algo já contido no ser pensante, bastava apenas ser reorganizado. Essa virtude de Sócrates vem de encontro a EAD, quando o tutor se coloca como um mediador da aprendizagem do aluno, dando ao mesmo suporte para que tome suas próprias decisões e ainda através de uma visão crítica busque o seu aprendizado. Além disso, a EAD comparada aos ensinamentos de Sócrates propõe uma visão inovadora, onde o aluno tem total liberdade de expressão, sendo sujeito do próprio aprendizado, capacitado para descobrir seus próprios valores numa perspectiva ampla de conhecimento.

A educação na concepção de Lacan

No Ato de Fundação de sua Escola de Psicanálise, em 1964 expõem seus princípios citando uma forma nova de ensino, de adquirir conhecimento: O Cartel, que tem como objetivo principal manter viva a causa analítica através da execução de um trabalho que deve ter seu produto um produto próprio.

Lacan considera o cartel como órgão base da escola, com uma nova proposta de ensino, onde a elaboração é feita em pequenos grupos de quatro pessoas mais uma. Pois no Cartel não se tem um professor, um líder ou um mestre, o saber do mestre é para ser aprendido, admirado ou tomado como um modelo de identificação. Ser o mais-um é tomado no lugar do detentor de um saber pronto a ser adquirido, é ser um somador com relação ao adquirir conhecimento. Ele, porém, deverá sustentar uma função específica de zelar pelo trabalho, incentivando a elaboração de cada um e favorecendo a exposição dos produtos. O Mais-Um é também o elo com a Escola e responde pela orientação lacaniana no cartel. O que une os membros de um cartel é terem interesse pela investigação de um tema comum, uma questão que se agrega a esse tema.

Este modelo de aprendizagem contribui para compreendermos a metodologia adotada no Ensino à Distância, pois precisamos estar sempre buscando, organizando nosso tempo para estamos realizando nossas atividades e adquirindo conhecimento, trabalhando em grupos pequenos mais um, que é o tutor, que nos faz a sermos autodidatas, donos da nossa busca. O tutor da EAD é mais um participante que participa de todo o processo, ao mesmo tempo em que zela, incentiva, orienta e instiga os trabalhos. Cabe a ele provocar nos componentes do grupo a satisfação de querer buscar o saber ainda mais.

Enfim com a mesma intenção, tanto a Educação na concepção de Lacan quanto a Educação a Distancia tem como objetivo nos tornar mesmo autodidatas, nos fazendo estar em constante busca e construção do nosso próprio conhecimento.

O Sofismo e a Metodologia EAD

"O bom orador é capaz de convencer qualquer pessoa sobre qualquer coisa". (Górgias)

Os sofistas formavam uma classe de mestres gregos que surgiu num período que compreendeu os séculos IV e V a.C. Eles eram conhecidos como aqueles que se dedicavam a instruir e a educar cidadãos, por isso foram considerados os mestres do saber, sábios capazes de elaborar discursos fascinantes, com intenso poder de persuasão. A palavra sofista significa “sábio”.

A metodologia sofística tinha como princípios básicos a opinião, a adesão, o jogo de linguagem, a presença do orador e a presença receptiva do espectador. Alguns sofistas que mais se destacaram foram Protágoras, Górgias, Pródico e Hípias.

Trabalhavam sempre com grandes grupos de ouvintes, em assembléias e conferências. Não permaneciam em determinado local, viajavam muito, de cidade em cidade, realizando aparições públicas, para atrair estudantes, de quem cobravam altas taxas para oferecer-lhes educação, utilizavam argumentos para enfraquecer os argumentos verdadeiros em favor do falso ao qual davam uma aparência do verdadeiro, e por isso foram considerados falsos sábios, ilusionistas do saber e interesseiros. Platão os considerava como “mercadores ambulantes de guloseimas da alma”. Desta forma os sofistas foram vistos como comerciantes do saber e mercenários do espírito. Sócrates também não concordava com essa metodologia e os consideravam uns charlatões, pois convenciam os ignorantes de um saber que não possuíam.

Os mestres sofistas declaravam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada. Ensinavam sobre uma série de assuntos como: física, geometria, medicina, astronomia, retórica, artes e a filosofia em si. O conhecimento era transmitido através da explicação minuciosa do mestre. É como se todos, ao mesmo tempo e da mesma forma, aderissem àquela idéia, ao saber que estava sendo transmitido e entrassem num consenso. Tinham uma confiança ilimitada no poder da palavra, na capacidade do discurso e tinham como objetivo convencer o interlocutor daquilo que estavam discursando. Para eles não interessava se o que estavam falando era verdadeiro, pois o essencial era conquistar a adesão do público ouvinte. Tinham, portanto, um compromisso com a vitória em embates argumentativos, e não com a verdade. A retórica dos sofistas não levava o interlocutor a questionar a verdade dos fatos.

Os Sofistas foram os primeiros advogados do mundo, ao cobrar de seus clientes para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de argumentação.

Para o sofista Protágoras “o homem é a medida de todas as coisas”. E para Górgias, outro sofista famoso, enunciava que "nada existe; se existisse alguma coisa, não poderíamos conhecê-la; se pudéssemos conhecê-la, não poderíamos comunicar nossos pensamentos aos outros". A partir dessa idéia, pensar o homem seria pensá-lo na sociedade e pensá-lo de forma que esse pudesse se destacar na sociedade. A preocupação da escola sofística não era o homem em si, mas sua importância na sociedade. Para eles, ensinar é convencer o outro. No entanto, como nossos primeiros professores os sofistas tiveram um papel respeitável na divulgação do conhecimento, o que ocasionou a valorização da educação e da democracia.

A EAD na sua abordagem não trabalha com a retórica, não interferindo na apropriação do saber do aluno, pois esse é responsável pelo seu próprio saber, que se faz com as ferramentas disponibilizadas como as apostilas, web conferências, tutor presencial, internet. Podemos descrever que a EAD é um processo interativo entre aluno e tutores e mestres. E a aquisição do saber é algo autônomo e não está voltada para o mestre. Diferente dos sofistas que o saber era de responsabilidade do mestre considerado dando da verdade absoluta e detentor do saber.

Porém, a EAD das décadas passadas era bem parecida com o método sofista, pois utilizavam a televisão como instrumento de ensino, e o aluno não tinha oportunidade de questionar ou acrescentar algo ao que via, ficando a mercê do que era apresentado. Hoje graças às novas tecnologias o aluno interage e torna-se responsável pela assimilação do saber.

Comparando a postura dos sofistas com a metodologia em EAD, observamos que não há semelhança entre elas, uma vez que não temos um professor para nos ensinar, transmitir informações e conhecimentos como acreditavam os sofistas. A aprendizagem é entendida como pessoal, potencializada por pequenos grupos com interferência da ação docente e permitindo que os alunos entrem em confronto com seus conhecimentos e os revisem. A partir do uso das tecnologias de informação e comunicação nas práticas pedagógicas, temos a possibilidade de construir uma nova proposta de educação desde a origem dos projetos até sua execução e avaliação, onde não há mais a necessidade da presença física do professor para que possa haver diálogo com os grupos de estudo. Desta forma criou-se uma nova forma de conceber o processo de ensino e de aprendizagem, onde foram revistos os papéis do professor, do aluno e do ambiente de estudos, sem perder de vista a qualidade do projeto pedagógico e de seus materiais. O estudante também tem papel muito importante na EAD, pois para Murta: "o trabalho do aluno não se restringe à posição de um receptor passivo. Diferentemente, em EAD o aluno é um transformador e autor daquele conteúdo. Ele não é, pois, um mero executor de tarefas, determinadas por equipes de trabalho, mas, sim um importante participante de um projeto comum de formação", uma vez que não existe a figura centralizadora do mestre.

Finalmente, a EAD é um processo interativo, onde alunos e orientadores desempenham funções complementares, enquanto no sofismo os aprendizes eram passivos e a aprendizagem era centrada no mestre.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O que é objeto de aprendizagem?

O objeto de aprendizagem é uma ferramenta de apoio ao ensino de conteúdo, que quando usado de maneira apropriada e vantajosa, permite uma comunicação mais direta entre aluno e professor, objetos de aprendizagem são métodos usados para transmitir educação, métodos diferentes que não são usados constantemente ou em todas as escolas, pois nem todas possuem..
Os objetos de aprendizagem permitem a construção de contextos digitais. Esses contextos fazem uso de uma série de ferramentas midiaticas, tais como a musica, desenhos, gráficos, simulações, jogos, etc. o aluno hoje sofre um intenso bombardeio de informações digitais, é um ambiente que ele entende muito bem, nada mais natural do que se utilizar desse mesmo ambiente para incorporar conteúdo e conhecimento.

Objetivos:

· Facilitar a forma de ensino, e obter melhor informação que enriqueça seu conhecimento de forma prática tanto para ensinar, como para aprender;
· Motivar e permitir que indivíduos envolvidos fiquem por dentro das novidades do mundo digital;
· Permitir a construção de contextos digitais;
· Utilizar objetos de aprendizagem em diferentes contextos e em diferentes ambientes virtuais.

Exemplos:
O uso de objetos de aprendizagem em escolas deve ser feito de forma que os alunos possam também ser criadores de objetos de aprendizagem. É importante destacar a utilidade do computador, do data show, da televisão, entre outros fazendo uso de novas mídias motivadoras nos preparando para a vida digital.

Referência:
Sites de pesquisas: Google

Mídias na Educação: Convergências das mídias

Mídias na Educação: Convergências das mídias

Vivemos num mundo totalmente tecnológico, que exige da sociedade, do sistema educacional posicionamentos, de envolvimentos nesse parecer de convergência da mídia. O educador por sua vez, em meio a este cenário terá que assumir uma postura reflexiva em sua práxis pedagógica, entregando as variadas ofertas da mídia no então currículo escolar, visando ainda o aspecto de relevância na educação que é a interdisciplinar.
Sabemos da importância da revolução do computador e da internet e o que são capazes de propiciar no processo ensino aprendizagem, porém conhecemos também os impasses que a escola vem sofrendo em sua adequação em precisar se colocar dentro dos moldes exigidos pela sociedade do conhecimento e da tecnologia, pois como educadores temos consciência de como é difícil passar por mudanças tão aceleradamente, mudança requer tempo e, mudar não é fácil, principalmente na educação. Abandonar práticas lineares de vários anos e embarcar em mitologias com inúmeras oportunidades de aprendizagem, de acesso rápido e instantâneo, se tornar assustador para alguns o que implica superação e desafio para muitos.
O acesso rápido e as novas mudanças, vem fazer iniciais, para se aproximar cada vez mais da era tecnológica integrando-a dentro da escola e aliando a mesma ferramenta auxiliadora dentro do currículo.
Ademais nota-se que a melhor a fazer, é um trabalho flexível, que envolva o aluno em atividades integradas; que os leve a investigação, como foco ao aprendizado e ao desenvolvimento da curiosidade, e assim levá-los ao interesse em construir o seu próprio aprendizado, pois haja visto, que se aluno é estimulado a ser autônomo nas suas produções e criações, com certeza a escola estará contribuindo para tal formação, a partir do momento que a mesma trabalhe de forma articulada em facilitar o uso de ferramentas tão necessárias ao mundo contemporâneo.


Referência:
Prado Maria Elisabette B.B., artigos, Pedagogia de projeto: Fundamentos e implicações, 2005 e Articulações entre áreas do conhecimento e tecnologia. Articulando saberes e

www.pontoesfilpsi.bolgspot.com

domingo, 4 de julho de 2010

A Psicanalise

A Psicanálise

“Se fosse preciso concentrar numa palavra a descoberta freudiana essa palavra seria incontestavelmente inconsciente”.



As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida social, tanto na política, na economia, como na cultura e outros. São produtos históricos criados pelos homens, que vivem o seu tempo e onde contribuem e alteram radicalmente o desenvolvimento do conhecimento, principalmente na atualidade, devido a mudanças, transformações decorrentes de um mundo globalizado.
Sigmund Freud (1856-1939) mudou radicalmente o modo de pensar a vida psíquica. Freud ousou colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões abscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade o homem, como problemas científicos. A investigação profunda e sistêmica desses problemas levou Freud a criação da Psicanálise.
O termo psicanálise é usado para referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional. Enquanto teoria refere-se a um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre os procedimentos inerentes do funcionamento da vida psíquica. A psicanálise por sua vez, enquanto método de investigação, caracteriza-se pelo método interpretativo, que significa, o buscar oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas construções imaginárias, como os sonhos, os destinos, as associações livres, os atos falhos. No quesito profissional, pressupõe-se á forma de tratamentos – a análise- que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento.
Atualmente a predominância da psicanálise acontece das mais variadas formas, como por exemplo:
· Base para psicoterapias;
· Aconselhamentos;
· Orientações;

Sendo a psicanálise também uma ferramenta relevante para análise e compreensão de fenômenos sociais importantes tais como:
· As novas formas de sofrimento psíquico;
· O excesso de individualismo no mundo contemporâneo
· A exacerbação da violência etc.
Compreender a psicanálise significa percorrer, no nível pessoal, a experiência inaugural de Freud e buscar “descobrir” as regiões obscuras da vida psíquica, vencendo resistências interiores, pois se ela foi realizada por Freud,
“Não é uma aquisição definitiva da humanidade, mais tem que ser realizada de novo por cada paciente e por cada psicanalista”.
A principal característica do trabalho psicanalítico é o decifra mento do inconsciente e a integração de seus conteúdos na consciência, porque, haja vista, são esses conteúdos desconhecidos e inconscientes que determinam condutas, comportamentos dos homens e dos grupos.

Quem somos nós humanos?
Quem é o homem?
Essa pergunta tem instigado e aguçado a curiosidade de muitos poetas, cientistas, filósofos e homens de todos os tempos. A psicanálise responde?
O poeta Carlos Drummond de Andrade, também preocupado com o comportamento humano pergunta em sua poesia:

Mas que coisa é homem,
Que há sob o nome:
Uma geografia?

Um ser metafísico?
Uma fábula sem
Signo que a desmonte?

Como pode o homem
Junto de outro homem,
Sem perder o nome?

E não perde o nome
E o sal que ele come
Nada lhe acrescenta

Nem lhe subtrai
Da doação do pai?
Como se faz um homem?

Apenas deitar,
Copular, á espera
De que do abdômen
Brote a flor do homem?
Como se fazer
A si mesmo, antes

De fazer o homem?
Fabricar o pai
E o pai e outro pai

E um pai, mais remoto
Que o primeiro homem?
(...)

Carlos Drummond de Andrad

Componentes: Cinthia Michelly Bicas Ribeiro Vicente
Maria da Penha Cristo Schiavo
Renata Ott
Valéria Cristina Sarti Roncette